quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Ministro comunista Aldo Rebelo manda exonerar o general Mourão CMS

O Ministério da Defesa vai exonerar do Comando Militar do Sul o general Antônio Mourão, de acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo. Segundo a matéria, o motivo foram as críticas feitas pelo militar ao governo Dilma Rousseff e o fato de ele ter determinado uma homenagem póstuma a um chefe da repressão na ditadura. Mourão, conforme cita o jornal, é um dos mais respeitados comandantes militares do Exército e deve ser transferido para um cargo burocrático, em Brasília.

A Folha relata que, em 17 de setembro, Mourão disse, uma palestra, em Porto Alegre, que a maioria dos políticos não detém capacidade intelectual. Além disso, complicou a situação do oficial uma homenagem póstuma prestada pelo Exército ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, em Santa Maria. O Comando local informou que a determinação partiu do comandante militar do Sul, com a orientação de manter a homenagem restrita à caserna.

O Correio do Povo tentou contato com o Comando Militar do Sul, mas os integrantes da Assessoria de Comunicação ainda não deram retorno. Ustra, nascido no município do Centro do Estado, tornou-se o primeiro integrante do regime militar (1964-1985) reconhecido como torturador pela Justiça brasileira. O militar morreu em 15 de outubro, aos 81 anos, em Brasília. Ustra chefiou o DOI­Codi, um dos principais centros de tortura e repressão aos adversários do regime militar (1964/1985).

Segundo a Folha apurou, o ministro Aldo Rebelo (Defesa) já avisou a presidente da intenção. Para o ministro, Mourão perdeu a condição de comando com a sequência de fatos. A exoneração vai ser um teste político para Rebelo, que é do PCdoB, partido que notabilizou-­se durante a ditadura por promover uma guerrilha contra o governo militar, salientou o jornal.

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